13 de janeiro de 2012

Sem camiões, o sistema económico global colapsava em cinco dias



Consegue imaginar um mundo sem camiões? O professor Alan McKinnon, director de logística da Kuhne Logistics University, de Hamburgo, estou este cenário, e os resultados são arrepiantes.

“Apenas cinco dias após a ausência de camiões, a maioria dos supermercados do Reino Unido ficaria sem produtos, quase todas as fábricas encerrariam, todos os hospitais ficavam sem serviços de cirurgias, metade da frota de automóveis ficaria sem combustível, o correio e as encomendas terminavam e os bancos seriam seriamente afectados pelo colapso da logística do sistema de dinheiro”, explicou McKinnon no seu estudo.

Como a análise não teve em conta, ainda assim, as chamadas “compras de pânico” – os consumidores provavelmente esvaziariam as prateleiras dos supermercados em poucas horas -, a realidade seria, certamente, bastante pior.

Segundo o autor, se todo o sistema de transporte de cargas por via rodoviária acabasse, teríamos um “colapso económico em poucos dias”. Aliás, há exemplos que o comprovam. Em Setembro de 2000, quando o preço dos combustíveis atingiram altos históricos no Reino Unido, alguns agricultores e camionistas britânicos bloquearam as estradas. O resultado foi uma crise nacional em apenas quatro dias.

McKinnon relembra também os protestos na França, Espanha e Portugal (quem não se lembra?) em Junho de 2008, na Austrália, um mês depois, na Índia (2009), Grécia (2010) e Xangai, China (Abril de 2011).

E, apesar de tudo, este continua a ser um sector com margens muito baixas, e que vive permanentemente sob o fantasma do aumento dos combustíveis, portagens e outras taxas.

Leia o artigo na íntegra.

Sem comentários:

Enviar um comentário